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O Mundo Em Que O Cristianismo Nasceu

    
    Paulo escreveu às Igrejas da Galácia (por volta de 49 d.C) que “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho”. (Gálatas 4.4). Paulo resumiu aqueles longos séculos da atividade soberana de Deus nas nações dos homens, atividade essa necessária na preparação do mundo para a vinda de Jesus, o Messias.
     É muito interessante que a inscrição colocada na cruz de Jesus tenha sido escrita em Hebraico, Latim e Grego. (Evangelho de João 19.20). E essas três culturas, mais do que quaisquer prepararam o solo para o abundante florescimento da videira messiânica no primeiro século [depois de Cristo].
    Em primeiro lugar, os Hebreus, em sua dispersão¹, levaram consigo para todo lugar o entendimento de um único e verdadeiro Deus, YHWH (Yahweh ou Jeová). Também, estava profundamente arraigada em seu entendimento a expectativa do Reino do Messias [o Salvador da Humanidade] no fim dos tempos. O Messias era, na verdade, a esperança de Israel e a luz dos gentios [demais povos]!
    Em segundo lugar, os Gregos que contribuíram com sua incomparável língua, falada em todo o mundo conhecido daquela época, inicialmente como o meio de proclamação apostólica oral (o Kerygma) e, mais tarde, como meio de instrução apostólica escrita (o Ditaquê). Também a decadência moral da cultura grega na sua exploração do melhor das habilidades humanas na arte e a literatura e na ciência, serviu apenas para provar a sabedoria do poeta Bonar: “Tudo que minha alma provou, deixou apenas um vazio deprimente.” O caminho estava claramente preparado para a declaração ousada do Evangelho: “Há somente Cristo: Ele é tudo em todos!” (Colossences 3.11 – Versão Nova Jerusalém)
     Em último lugar, a contribuição dos Romanos para a “Plenitude do Tempo” constituiu na unificação de todo o Império, até então um conjunto desordenado de nações herdado dos gregos. Através de sua rede de transporte, seu sistema de comunicações e correios, através de sua cultura, leis e governo militar, Roma consolidou e misturou a “farinha” de toda a massa da humanidade para que pudesse ser mais facilmente “levedada” pelo evangelho de Cristo.
     Jesus realmente nasceu “na plenitude do tempo”. Um mundo decadente e falido estava então realmente preparado para ouvir a declaração ungida do Senhorio sublime de Cristo dos lábios daquele pequeno grupo de homens que Jesus pessoalmente discipulou e depois enviou por todo o mundo como porta-vozes de sua redenção universal.
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¹Atos dos Apóstolos 2.5-11: Havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo. Ouvindo-se este som, ajuntou-se uma multidão que ficou perplexa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua. Atônitos e maravilhados, eles perguntavam: "Acaso não são galileus todos estes homens que estão falando? Então, como os ouvimos, cada um de nós, em nossa própria língua materna? Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judéia e Capadócia, Ponto e da província da Ásia, Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene; visitantes vindos de Roma, tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e árabes. Nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus em nossa própria língua!” (34 d.C)

1 Pedro 1.1: Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos de Deus, peregrinos dispersos no Ponto, na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia e na Bitínia… (60 d.C)

Tiago 1.1: Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos dispersas entre as nações: Saudações. (45 d.C)

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